sexta-feira, 11 de setembro de 2009

avec elegance





caraíva verão 2009:

um mimo para Simone Villarino, Marina Couto, Vitor Algorta, Theo Mendonça, Rafael Oliveira(Benegão), Aulus Baia (Deco) e Fernando Brina.

com a colaboração de Silvinha Almeida (Socó)

pra variar, nem ideia das horas. mas de novo, pra variar, era de manhã. de manhã já com sol rachando. mas aquele dia o céu estava nublado. o Pará nem tinha aberto ainda, mas a gente queria muito que estivesse. pra tomar a saideira. asss saideiras, como costumávamos fazer todos os dias daquele mês de janeiro. estávamos eu, Silvinha e Theo na beira do rio olhando de longe o Fernando invadir um iate. enquanto o Theo dizia: "de onde a Hermínia tirou essa figura?" alguém sabe, gente? de onde a Hermínia tirou essa graça de peça?

éramos nove pessoas bem diferentes em uma casa cercada de vento. nos revezávamos em turnos e a única reclamação era o cocoricó de um galo triste (vários galos) e uma maritaca que não parava de... oxe! o pavor dos morcegos foi sublimado em canção, e de certa forma, em homenagem a nós, os vampiros do forró. somente ficando de fora os que iam ver o sol nascer ou acordavam de manhã.

o varal feminino foi inaugurado tardiamente no dia 15 de janeiro. até então nós meninas disputávamos um lugar ao sol, uma vaga entre aquele mundaréu de cuecas que se multiplicavam em dia de lavanderia.

a primeira perda foi logicamente de quem ficou menos tempo. ou em outras palavras, ainda era pouco tempo. aquela época onde a gente ainda tinha medo da portinhola do dragão ou se assustava com o bizarro homem-sem-pernas cravado na areia que diga-se de passagem, como parecia com o Deco!entonces... o primeiro luto foi pela linda Marina que partiu levando como souvenir da Bahia, um José made in USA, autêntico. em seguida, e sem dúvidas a mais triste despedida, deixando flores e borboletas, a Simone causou lágrimas e abraços coletivos na beira do rio. e até então nos lastimávamos arrepentidos de tê-la deixado partir tão cedo. logo, o Fernando, à francesa. bem menos sofrível assim. e por último quase todos os meninos, desnutridos e à beira de uma cirrose.

depois de estágio intensivo com Deco, Theo e Benégas, todo mundo ficou muito esperto. ganhava o dia quem conseguisse atrapar alguém em alguma armadilha sem volta e o mais díficil, com muita elegância! depois de pôr a cerveja 'na sua', ou a caneta 'na minha', de levar 'aquela' rasgada ou de ser pêgo em flagrante pagando umas paralelas de noite numa praia (supostamente) deserta... ai ai, nada como acordar de manhã escutando: eu já peguei o Theeeeeeo. ou vc prefere tomar uma voadora mesmo sustentando um bigode? não é pra qualquer um!

houveram momentos clássicos. o Theo teve seu momento ema ao tentar esconder a cabeça na areia. o Albertinho seu momento grandioso sendo confundido como o prefeito da vila ou como o nosso big boss. a Silvinha em seus momentos sonâmbula culminando em Trancoso onde pediu um pastel pro Deco. desnecessário dizer do momento pop do Benegão, tomado pela fama de sua popularidade construída no Lagoa e do estrelismo dos bigodões, gerando curiosidade em torno da população que inquieta questionava: "por que todo garçom que trabalha no Lagoa tem bigode?". o prêmio inovador marketeiro foi pro Fernando. e o momento go-go boy do Deco em sua performance “mangueira!” arrancando suspiros e desmaios de mulheres enlouquecidas, cena jamais vista desde os Beatles. suspiros… momentos Ronaldinho compartilhamos todos. depois de dias pacíficos, a Amanda inaugurou o placar marcando o primeiro gol. todo mundo garantiu o seu, ficando apenas uma dúvida: bicho de goiaba come quieto?? rsrsrs. mas o "oscar" de roteiro original vai para… Benegão!!! pela sua engenhosa invenção da lasanha vegetariana com alface. aplausos.

e por falar em bigode... pq a gente nunca se cansa desse tema, o Fernando lançou moda, foi o dom bigodão I, mudou de personalidade e arrastou seus primeiros seguidores tais como Theo, Benégas, pelas metades o Vitor e... Silvinha. mais uma multidão de fanáticos desejosos em uma quase ilha infestada de gente. plantou uma sementinha numa Caraíva de longos quem viver verá. sem dúvidas, um impacto marcante e histórico. méritos de pessoa carismática!

nos intervalos da rotatividade entre casa 3 e casa 4 para os meninos e casa 5 para as meninas, e reviradas cotidianas, as dormidinhas eram debaixo das castanheiras do Satu, no varandão do Kuki ou na praça, onde o Fernando dormiu pensando nela. na novela diária do Lagoa seguida diariamente pelo nosso querido expectador Jorginho que um belo dia apenas o sol raiava, entrou em nossa casa, acordando a bela fotógrafa neo-zeolandesa com uma deselegante proposta: xjqsjdwhedsdjsk@###* sem falar em nosso querido chefe Albertin que sempre tinha que se retirar por alguma zica, entre outros figurantes tão especiais.

um dia escutei Benegão contar que nunca teve um reveillon inesquecível. a vida é cheia de momentos inesquecíveis. de pessoas queridas que fazem acontecer. o reveillon até sabe-se lá que horas dentro do rio sabor melancia e do primo do papagaio que nos proporcionava cerveja atrás de cerveja... os 40 dias cercada de vocês foram alegres até onde mandou parar. também tínhamos o céu inteiro, toda aquela areia, as falésias e o mar. tínhamos uma lagoa e vários brothers que creíam nossos amigos. assim a gente achava e se sentia. o melhor de tudo era a gente mesmo.

ah mas, antes de ir embora... Deco, pede a saideira??????

caraíva, 13 de fevereiro de 2009

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