quarta-feira, 31 de março de 2010

pode ser.


não é que o rio de janeiro começa a tomar corpo? corpo e coração. os lugares começam a ter história.

a feirinha da general osório, onde a sophie me presenteou com brincos de borboleta que não tiro da orelha. a banca de revistas da hilário de gouveia onde, recém-chegada na cidade, comprei um mapa para me ajudar a localizar apês pra morar. o café na livraria do paço com a silvinha. e ainda no centro que eu adoro, o planetário de éder santos (provisório), e a estação da uruguaiana num dia chuvoso onde eu me perdi, mas também achei. das escadas do palácio de tiradentes coloridas pelos personagens do boitatá. a casa abandonada do jockey onde eu adotei a dolores. o largo dos guimarães, num dia "mad max", onde a van esperou o pains que tinha sumido pra comprar chapéu. os muros de grafiti de santa tereza. a feira de domingo onde meu vizinho me leva pra comprar flores. o real chopp onde eu conheci a paula, uma pipa, uma fraude, uma força. das ladeiras do leblon que eu tive de descer no dia do apagão e da rua sambaiba, aconchego de tiju. arcos da lapa e rebecca, bike com a céu, teatro com a sarah, bondinho com luiza, vista chinesa em dia ensolarado, camila e mateus. do primeiro baile funk na estreia do "favela on blast". da descoberta sem querer pra beber água, do forte de copacabana com a aninha. de dançar forró com leôncio, caraivano, na feira de são cristóvão. de rezar na catedral que a gente vê do parque das ruínas pra agradecer 2009. meu apartamento que é de libra. o teatro odisseia onde ganhei abraço inesperado de alguém que declarou que eu lembrava caraíva. que honra! do mar que eu vejo de repente da cobertura do 1206 que me faz parar de reclamar de barriga cheia. o aquário do parque lage, o pavão azul embaixo de casa e o bloco do 104. o paredão de uma garagem na zona sul onde fomos fuzilados por metralhadora d´agua e visconde de pirajá, quando subimos no bus de um bin laden carnavalesco. de olives e dias ferreira. a dias ferreira onde eu conseguia encontrar o rafa. a estação de botafogo no dia da tempestade que fez o palco do guns cair, exatamente lá pra onde a gente ia. a gávea, no dia que o otto cantou só pra bárbara. o chão desenhado do trapiche gamboa, ipanema e os domingos de praia, a orla de copacabana. a rua do jardim botânico mais alegre cantando do leme ao pontal. a casa do gilberto gil com o thiago. a chegada no rio abençoada pelo chorinho do caraivana. o quadro da bahia na esquina da minha sala como amuleto que me servia de consolo no começo. a praça san salvador em laranjeiras onde montamos nosso bloco. a casa do breno e do lê na praia de botafogo, espécie de consulado-nosso-mineiro-no-rio-de-janeiro. a confeitaria suiça de onde veem aqueles croissants divinos que o waldemir traz pro trabalho. boteco salvação, taça de vinho na drinkeria maldita, quartas no democráticos. diários de dias anteriores, diários de dias por vir...  melhor pirar, que parar. por que não?

(foto by thiago daister: bar do mineiro, em santa tereza - naquele domingo que a gente comeu muita feijoada e bombom de morango de sobremesa. have a nitsche day!)