sexta-feira, 4 de setembro de 2009

um capítulo: é a turista, é?




caraíva, 5 de setembro de 2008:


o capítulo compras é um assunto à parte. já contei? quando acaba tudo, tem que ir pra Porto Seguro. você vai balançando no ônibus das 06:20h da madrugada e volta saculejando no ônibus das 15h que sai do Arraial d´Ajuda, cuja parada fica ali, logo ao outro lado da balsa de Porto. vamos eu e meu isopor. que volta carregado de polpa de fruta, peixe e muçarela! mas na verdade tento não voltar no mesmo dia, para aproveitar o Arraial que é uma delícia fora de época!! semana passada fui de compras. peguei carona no táxi que busca o médico em Trancoso. estava frio quando acordei, ainda escuro e por isso, a paisagem no caminho, no pedaço antes de chegar no Espelho, de pasto e búfalos estava incrível, bonita como nunca!! cheguei em Trancoso antes das sete da manhã. não dava pra fazer nada ainda e fomos eu e meu isoporzinho dar uma voltinha no Quadrado. não sei quem conhece, mas que visual!! me lembra Milho Verde (MG), mas com mar. esperei passar o tempo e peguei a van pro Arraial. já desci no caminho, no meio da estrada pra casa de uns amigos, onde deixo minha mochila e troco de roupa pra aguentar aquele calorão abafado de Porto Seguro nesse vai pra lá e pra cá. essa casa no meio da estrada é ao mesmo tempo colada no centro, porque é tudo perto mesmo. e me lembra demais a casa que morei em Málaga: da janela você vê só floresta e do outro lado, o mar. que muda de cor cada vez que vou lá, de roxo a verde água. e por me fazer lembrar a Espanha, me causa doce nostalgia. adoro esse cantinho no Arraial.

quanto às compras, tem-se um itinerário de 6, 8, às vezes 10 lugares pra ir e normalmente em cada um são compras grandes (pra pousada e pro restaurante). faz tudo andando e sai comprando e deixando tudo pago e já encaixotado. depois pega um táxi e sai recolhendo tudo. depois de encher o porta mala do táxi, pede-se delicadamente ao taxista se ele pode entrar com o carro na balsa pra descarregar as caixas. eles sempre deixam. descarrega-se aquelas mil caixas, isopor, sacolas e afins. a balsa não dura nem 5 minutos e daí a pior parte: precisa pedir ajuda pra tirar a caixaiada de lá até o ônibus das 15h. uma correria. tempo justo. daí fico rezando pra ter algum conhecido no ônibus pra se responsabilizar pelas coisas até Caraíva e eu poder ficar tranquila no Arraial sem uma caixa!! ufa, aí estou no céu. esse dia estava esperando João de Deus, e depois de despachar tudo, peguei a balsa de novo e fiquei de turista em Porto Seguro, desfrutando do final de tarde, maravilhoso, na passarela do álcool. inacreditável, não!? sem nenhuma barraca, limpo, só aquela calçada larga no centro histórico, as casinhas coloridas de frente pro mar, a praia dos recifes de fora, um visual bonito demais da conta pra Porto Seguro. sentei na beira, tem até calçadão, tomei sorvete de graviola, caminhei no centrinho histórico, fiz compras, igual turista, tão bom!! o povo me chamando pra entrar nas lojas, eu sozinha, adorando. fiquei lá  toda boboca de estar gostando daquela farofa e concluindo ao final que Porto Seguro fora de época até que rola!

essa semana fui também pra Corumbau com Silmar e Daiane. ele tem bugre grátis porque dá aula de capoeira lá 2x/semana. e eu fui junto dessa vez pra conhecer o espaço. a Ponta do Corumbau pra mim é um dos lugares mais paradisíacos do mundo! fiquei na praia enquanto o Sil dava aula e no final fui lá pra ponta ficar sentadinha admirando tudo como sempre até a Dai me chamar pra roda. e aí, que emocionante!! ele dá aula na escola (pública) numa sala de aula. ajudei a voltar com as cadeiras no final. é tudo muuuuito simples e é um espetáculo os menininhos de 5 anos jogando capoeira! dá vontade de adotar um! na hora de ir embora, compramos 5 kg de camarão pro jantar pra malandragem de despedida da Greice.

estão fazendo dias lindos e ainda é época de baleia. o Zezinho estes dias foi pescar e viu filhote mamando. e não é história de pescador, não... e por falar nisso, a melhor dessas histórias que escutei foi saber que o barco do Jojó já encalhou numa arraia. ahãm, é a boba, é!?