Caraíva, set/2008
o melhor jornal impresso do Chile se chama El Mercurio e daqui duas semanas sai um suplemento especial sobre o Brasil. entre os destaques, Lençóis Maranhenses, Olinda, Chapada Diamantina e ... Caraíva. veio a equipe que ficou hospedada aqui no Lagoa. tivemos dias ótimos, es decir, ¡de puta madre! hablé un montón e fui guia deles na caminhada pra praia do Espelho. o guia (do Arraial) foi de carro e a gente, andando. é uma caminhada belíssima, são 9 km com 3 lagoas no caminho e uma vista incrível do alto da falésia. sem contar o mar piscina verde água!! demoramos 4h pra chegar no espelho, ¡sin prisa! foi também com a gente um casal apaixonante de canadenses, Morgan eShyra, também hóspedes do Lagoa. paramos no Satu e o Sebastián, que era o jornalista, ficou um tempão entrevistando o Sr. Satu. nadamos na segunda lagoa até o dedo enrugar. e o Cristián, o fotógrafo, carregado de câmeras, dando ordens pra fazer as fotos: camina por acá, flota en el agua, ven andando por allá. o Sebastián nunca tinha visto tartaruga e ficou pasmo, porque estava cheio delas. emocionante surpreender um jornalista tão viajado. ele também nunca tinha tomado suco de cacau. almocei com eles, por conta do jornal, já que, segundo o guia do Arraial, eu fiz o favor (que sacríficio!) de guiá-los até lá. e na mesa era uma mescla de português, inglês e espanhol. o inglês predominava por causa dos canadenses, mas o Cristián não falava inglês e é dele a frase: let´s go, amigos?, sempre que a gente ia embora de algum lugar. voltamos apertadinhos no carro, éramos 7 num Doblô escutando Titãs das antigas rumo a casa do Kuki, ou Varandão, o mirante de Caraíva. e o Cristián lá, hiperativo, dependurado nas cordas da canoa tirando fotos de montón e o Sebastián apuntando todo entre mil cervecitas. à noite tinha jpartida Brasil x Chile e como aqui não tem TV, fomos pro Ferrugem. melhor impossível, uma vez que trata-se de lugar bem típico, na pracinha de Caraíva, ao lado da igreja, espécie de bazar que vende desde vestidinhos de pano a presunto enlatado e canetinha hidrocor. e que quando tem jogo, coloca os bancos, emprestados da igreja, na areia, do lado de fora, enquanto todo mundo bebe Netuno (bebida típica daqui: vinho de caju com gengibre). mas morri de dó porque o Chile perdeu de 3x0. é maravilhoso poder usufruir de trabalho tão sedutor como esse, por poder conhecer essas pessoas legais e vivenciar bons momentos. o trabalho, que não dá trabalho, é recebê-las "na sua casa". se deixar, periga de ficar aqui pra sempre!
ontem vi baleia! 1h30 de barco mar adentro achando que não vai rolar mais, desconsolada e de repente.. um splash lá longe. uma calda de baleia. e de repente, elas nadando ao lado do barco, um monstro lindo, um presente da natureza. algumas com o filhotinho, cada hora um que subia à superfície. mas o legal era ver o casal, dois gigantes. achava que as jubartes eram feias, craquentas, mas elas têm a pele lisinha e são marrons. fui dormir agradecendo. uma bênção, mas a parte ruim... rãs. há uns dias entrei no meu quarto e tinha uma na pia. como se tivesse bebendo água. horrorosa criatura, tadinha, aberta, o papo flutuante, a dona do pedaço. saí correndo, a fresca, e fui chamar o Nil que foi lá me salvar. sempre o Nil, meu herói. voltou jurando que ela tinha ido embora e fazendo careta: "a bicha é feia mesmo!" e bem de noite quando vou dormir está ela lá enorme, um monstro esticado pregada na parede do chuveiro! deu pra escovar os dentes tensa sem tirar os olhos dela e com o coração disparado fechar a porta, lacrar embaixo com toalha, prender o cortinado na cama e apagar. se ao menos ela não pulasse! bicho de pé está aos montes de novo porque é época de caju. e anteontem indo de lancha pro alto do rio, passando debaixo de uma ponte de madeira construída há mais de 100 anos, voaram de lá uns 15 morceguinhos. o Bené ainda fez assim: "uuuuuuuuuuu", momento trem fantasma!! ha ha ha me divirto.
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