rio de janeiro é agora.
belo horizonte é história.
caraíva é o meu lugar.
belo horizonte é história.
caraíva é o meu lugar.
rio
ainda que não exista programa melhor do que o calçadão do leme ao leblon (foto) ou acordar final-de-semana ensolarado com mensagem dizendo: praia? da excitação dos lugares por primeira vez visitados, pelo prazer de vislumbrar o aterro do flamengo ou o centro da cidade, mesmo que visto da janela de um ônibus sem ar condicionado e seguir de pé para tomar cervejinha numa lapa lotada... mesmo assim, a animação é branda. não se comove. não se comover significa que ainda não, nem seu coração é carioca.
bh
quando compra passagem para sua cidade natal, acorda de manhã e se veste animada. lá os olhos sorriem escancarado quando passam pela praça da estação e a rua da bahia. aquilo tem história, sabe? toca a alma. lembra-se dos shows da adolescência, de quando estudava inglês no icbeu, dos namorados cabeludos que moravam no centro da cidade, das noites toscas no coreto da praça da liberdade. antes de chegar arquiteta encontros, escolhe as pessoas, acha que quer ver todo mundo, mobiliza todo mundo, mas não dá tempo. se alegra, sabe dirigir para todos os lados, sabe onde achar tudo que precisa. não sente o desconforto da sensação de ser estrangeira porque seu sotaque não destoa dos demais. sente-se quentinha acolhida no seu ninho ilusório, efêmero, mentiroso, de promessa impregnada no seu exílio.
o exílio...
caraíva
o lugar.
aqui sim, o coração é baiano, é caraivano.
lá ele chega e não segura a emoção. ele fura, arrebenta na melhor sensação, expande, transborda pela pele que é o que encontra mais frágil. e do choro no retorno que desagua em chuva. chuva. não tempestade duradoura e forte que derruba, destrói, causa enchentes. só chuva que chove breve para refrescar.
para refrescar.
http://www.youtube.com/watch?v=lNzFVMk2_MM
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