"pra te morder e pra soprar, afim de que não te doa demais, já que tenho que te doer, meu amor"
C. Lispector
essa semana foi toda de despedidas. foi a última segunda-feira, a última terça-feira,... e hoje é o sábado, ou por fim, o último dia. amanhã piso na cidade maravilhosa. todo mundo aqui anda dizendo que há muitos anos não fazia um julho tão bonito, tem sido o mais ensolarado de todos os tempos. pena que ontem, na minha última sexta-feira, o sanfoneiro do Triângulo Caraíva não conseguiu chegar a tempo e o show no Ouriço foi cancelado. já estava imaginando Billy Joe cantando ‘Meninos' pra despedir com chave de ouro! amanhã espero ir emendada pra Porto Seguro no ônibus das seis da matina. tem despedida com lasanha no Lagoa e depois esbagaçar no Pelé até de manhã. só faltou a ponta do Corumbau, já despedi do Espelho, do Satu, da Prainha, Pedras do Nego. hoje é dia de sair de casa em casa dando tchau pros mais amados. incrível foi o céu do Satu voltando do Espelho. estava inteiro e imenso cor-de-rosa. segundo o Miguel, que estava comigo na hora, dava pra ver como a terra era redonda. as nuvens emendavam no mar.
hoje acordei mais cedo e estou com porta e janelas abertas daqui da minha casa (ou a casa do Guilherme) no La Caraiva Blu. ninguém me vê, fico do alto de uma duna. o céu está azul, tem muito sol e uma briiiiiisa... tudo é perfeito! só tem eu aqui, vizinho nenhum, é o melhor lugar de Caraíva! ontem foi minha última noite nesta casa, agora me despeço dessa duna de areia com degrauzinhos de madeira, desse monte de árvores, desse lugar onde eu também fui muito feliz!
e só pra terminar este último capitulinho, nessa última semana aconteceu comigo, o que aconteceu com o personagem do Woody Allen em "Descontruindo Harry". lembra que ele começa a enxergar tudo embaçado? não era nada orgânico, não tinha diagnóstico nem remédio, ele estava apenas desenvolvendo um sintoma. acreditem, essa semana não enxerguei nada! tive pela primeira vez na vida, conjuntivite. passei alguns dias parecendo que chorava. e várias pessoas disseram que assim como no filme, devia ser psicológico, algo que eu não queria ver, excessos na glândula lacrimal. conjuntivite dura uns 3 dias, mas a minha cegueira não passa! até acredito porque eu jurava que estava super tranquila de ir embora. ahãm!
amanhã... rio de janeiro.
FIM
hoje acordei mais cedo e estou com porta e janelas abertas daqui da minha casa (ou a casa do Guilherme) no La Caraiva Blu. ninguém me vê, fico do alto de uma duna. o céu está azul, tem muito sol e uma briiiiiisa... tudo é perfeito! só tem eu aqui, vizinho nenhum, é o melhor lugar de Caraíva! ontem foi minha última noite nesta casa, agora me despeço dessa duna de areia com degrauzinhos de madeira, desse monte de árvores, desse lugar onde eu também fui muito feliz!
e só pra terminar este último capitulinho, nessa última semana aconteceu comigo, o que aconteceu com o personagem do Woody Allen em "Descontruindo Harry". lembra que ele começa a enxergar tudo embaçado? não era nada orgânico, não tinha diagnóstico nem remédio, ele estava apenas desenvolvendo um sintoma. acreditem, essa semana não enxerguei nada! tive pela primeira vez na vida, conjuntivite. passei alguns dias parecendo que chorava. e várias pessoas disseram que assim como no filme, devia ser psicológico, algo que eu não queria ver, excessos na glândula lacrimal. conjuntivite dura uns 3 dias, mas a minha cegueira não passa! até acredito porque eu jurava que estava super tranquila de ir embora. ahãm!
amanhã... rio de janeiro.
FIM
(aquarela de Sophie Alves - Lapa -Rio de Janeiro)