Lua caraivática |
caraíva, 8 de julho de 2009:
chegando da aula na Nova Caraíva, do meio do rio escutava música que vinha do Bar do Porto. resolvo dar uma entradinha pra dar oi pro Romário (que faz a melhor pizza de chocolate com banana do mundo!) e ver quem estava cantando. acabei ficando durante três cervejas. encontrei o Guilherme, meu amigo dono do La Caraiva Blu, onde moro. ele chegou hoje. estes dias estamos recebendo os amigos. é julho, Caraíva como uma grande casa. cada dia chegando alguém. não dá pra explicar, é absolutamente fantástico. é julho e Caraíva nunca esteve tão colorida. amanhã abre a Convenção de Malabares, a já começa a pulsar de gente. e logo logo vamos ver essas pessoas soltando fogo pela boca. eu que fiquei ali um mês reinando sozinha no La Caraiva Blu, hoje tenho companhia. um amigo do Ricardo (o outro dono) que está ficando na casa dele disse que eu era mais famosa que eles. quando lhe perguntaram onde estava ficando, respondeu: ali, na casa do Ricardo. Ricardo? ali atrás do Raimundão. ah sim na casa da Carol. rsrs. gosto tanto daqui, mas a novidade mais fresca e crua, e cruel, por que não, é que estou indo embora. recebi uma proposta irrecusável pra ir logo pra cidade mais que maravilhosa, como disse meu amigo Jairo. por causa disso tive ataque de choro imediato no beco mas que passou logo porque de repente fiquei animada com todo aquele burburinho cultural que eu teria de volta ao meu redor, e a praia que também continuaria lá. mas agora de novo desabo, hesito e sofro. nos dias de forró, quando começo a escutar aquelas musiquinhas, choro junto com a sanfona. minhas amigas psi não acham que isso soa histérico? é tão difícil se adaptar e quando você se adapta e conquista, você de repente deixa tudo e vai embora? hoje fui dar aula no segundo grau, e quando entrei na sala, havia recadinhos no quadro e cartazes dizendo Carol, good luck! tinha um bolo enorme, pipoca, brigadeiro, refrigerante. no bolo, acho que o maior bolo de chocolate que eu já vi, vinha meu nome escrito. fiquei tão surpresa que só agora entendi. dei aula normal enquanto a bandeja de brigadeiro girava e eles se levantavam pra tomar refri. fui embora sem trazer os cartazes e fiz só uma pausa pro bolo. fui fria, não trouxe meus bilhetinhos. fiquei em choque ao invés de ficar emocionada, fiquei com raiva de estar indo embora. o segundo grau era algo que eu queria muito. também não tive coragem de contar pras minhas crianças que nossos dias estavam contados. e as english classes delas cheias de musiquinha, teatrinho, games e lápis de cor, que antigamente era uma hora e depois passou pra uma hora e meia, hoje durou duas horas. ninguém queria ir embora de jeito nenhum. julho mal entrou e já estávamos fechando o Lagoa no mesmo horário do verão. cansativo até entrar novamente no ritmo e definir os turnos, até lá vamos ficando dia inteiro no Lagoa que é sempre animado.
como ia dar aula, hoje não ia pro Lagoa, mas ainda tinha jantar no Vila. tinha ariacó assado e o melhor arroz que já comi nos meus 31 anos que o Leôncio tinha feito. mas o peixe quem pescou foi o pai dele, o Pelé. depois ainda tinha flan da Tina que já tinha capotado de sono, que a gente foi comer vendo a lua. hoje era dia de lua cheia. minha última lua cheia em Caraíva. ao fundo Dominguinhos cantava: "naquele instante me convenci, que o bom da vida, vai prosseguir". não sei não, corazón hecho trizas.
Carol sempre vou acessar. besitos tia ju
ResponderExcluirVocê diz de mim e no entanto é o seu passar por aí que me exacerba lágrimas secretas. Adoro seus capítulos. Adoro a possibilidade que você vive em sinalizar pra discerrá-los um a um, um dia nós.
ResponderExcluir"aunque yo me haya cerrado como un puño,
siempre abres, pétalo tras pétalo mi ser,
como la primavera abre con un toque diestro
y misterioso su primera rosa.
(nadie, ni siquiera la lluvia tiene manos tan pequeñas.)"
T
Linda tua vida
ResponderExcluirLindo é escutar
o coração
e ele te leverá para todas as luas da tua vida